sexta-feira, 22 de julho de 2016

Como Rehabilitar Um Invalido



COMO REHABILITAR UM INVALIDO

Devo participar aos amigos que um mestre em SM me impoz a tarefa de compor glosas para um motte que synthetizasse as dores do perdedor da visão, permanentemente vendado, quando submettido a um normovisual.
Taes dores seriam quattro, duas decorrentes da propria cegueira e duas do sadomasochismo:

Dor physica pela privação do sentido e consequentes limitações;
Dor psychologica pela memoria visual e sentimento da perda;
Dor physica pelo sacrificio corporal na dominação;
Dor psychologica pela expectativa de imprevistos castigos/abusos.

Assim me desincumbi da missão.

MOTTE:

"Sorri, na dor, a carne", e um olho cego,
na dor, brilha, por quattro vezes brilha.
Me escreve um mestre sadico, e me entrego,
em glosas, a seguil-o nessa trilha.


GLOSAS:

Àquelle que perdeu a vista, são
as dores até quattro. Na primeira,
é physica a agonia: a gente cheira,
escuta, appalpa, e o gosto amargo é tão
mais forte, emquanto o doce, agora, não.
A cruz que, na cegueira, hoje carrego
mais pesa a cada passo e mais um prego
me fura a mão a cada gesto, amen!
Mas, pelo olhar daquelle que vê bem,
sorri, na dor, a carne e um olho cego.

Alem da escuridão, tem a segunda
dor cunho psychologico. A lembrança
daquillo que enxerguei sempre me lança,
em sonho, à profundeza mais profunda,
tal como um cagalhão na fossa immunda.
Jamais, ao accordar, se desvencilha
a gente desse sonho, maravilha
que foi, tão colorido. Assim, eu creio
nos sadicos: meu olho, ao olho alheio,
na dor brilha, por quattro vezes brilha.

Si o cego masochista for, terceira
dor sente ao se entregar nas mãos de alguem
que delle se utilize e goze, sem
escrupulos. Gostosa brincadeira
é ver-me, um verme fragil a quem queira
tormentos inventar. Eu não sossego
aos pés de quem maltracta um pobre cego:
rastejo, me adjoelho, lambo, chupo,
appanho... Ao acceitar-me no seu grupo,
me escreve um mestre sadico, e me entrego.

Si é physica a terceira dor, a quarta,
de novo, é psychologica. Domina
um cego quem na bocca, qual latrina,
lhe mija, quem assim goza e se farta.
Comtudo, é de dar medo a branca charta
que o sadico detem emquanto humilha.
Quem sabe o que virá? Mesmo "baunilha"
não sendo, o cego soffre... Um tapa? Um chute?
Me ponho (e não serei eu quem discute),
em glosas a seguil-o nessa trilha.



sexta-feira, 10 de junho de 2016

Açúcar & Veneno (Parte 2)

O tempo de quase um mês depois, porém, o cenário praticamente o mesmo: o bar do Zé, rock’n’roll no ar, nicotina Me ardendo nos pulmões, combinada com goles estudados na dose exata de mágico destilado de mijo de feiticeira escocesa, Cris curvada, Meu cacete encaixado até o porão da garganta, Me concedendo uma de suas irracionais chupadas.
Eu havia passado uma temporada num apartamento de luxo no litoral concedendo sessões mais ou menos regulares de porradas & chá de piça à baranga endinheirada, enquanto o marido corno estava no imperialista latifúndio ianque fazendo negociatas para engordar ainda mais a conta bancária com obesidade mórbida. Por conta de uma problema médico qualquer em seu picadeiro de fodas, Cris, condenara-se a perseguir a fome do jejum animalesco apenas na putanhice em Braille, mas não há festival de siriricas que substitua a carência por carne de macho & a porquinha estava com um apetite de canibal em dieta. No exato instante em que Meu caralho, como na explosão de um poço de petróleo albino, escarrava uma pirotécnica erupção de porra no subsolo do estômago da cachorra, o belo par de coxas perfeitamente encaixado numa mini saia vermelha silenciosamente materializou-se em frente à mesa. Apesar de toda sua perícia como mamadora, no susto Cris não conseguiu evitar o engasgo, cuspiu uma tossida de generosa porção de langonha & ficou babando filetes pegajosos de esperma.
Gargalhei uma gargalhada de descabaçar ouvido de surdo, enquanto Cris dava vazão à sua mais requintada educação de classe alta: “Sua boceta podre, filha de uma puta sifilítica de sarjeta”.
O belo par de coxas perfeitamente encaixado na mini saia vermelha não conseguia esconder que estava tão confortável como uma freira flagrada enfiando um crucifixo no rabo numa suruba de puteiro de terceira categoria.
“Desculpem, eu não queria...”
Agora era impossível duvidar que aquela fêmea estava realmente arrependida, porém, Cris continuava apoplética, despejando o mais sórdido repertório de palavrões antigos, novos & inventados no ódio, num show de imundícies quase capaz de superar os fetiches de um fanático religioso moralista. Apliquei-lhe uma potente bofetada nas fuças: “Vai lavar o focinho & acalmar essa ressaca de chupetinha atravessada, antes que te coma de porradas daquelas que não te melecam a boceta”. A rameira tinha a alma de cadela a Mim submetida perfeitamente temperada pelo açúcar da servidão & pelo veneno do medo & sabia que comigo, uma gota de juízo pode ser boa até para quem tem alergia a ele. Saiu em direção ao banheiro, com cara de cachorro triste, não sem antes lançar um último olhar de ódio psicopata à outra fêmea.
“Parece que não acerto, mesmo quando quero”.
“Tinha certeza que voltaria”.
“Fui muito mal no outro dia & pela minha arrogância infantil mereci a tua humilhação & o desprezo de sua amiga. Talvez não possa ser perdoada, mas eu queria, mais: eu TINHA de voltar”.
“Sabia que voltaria. Mas, afinal, como soube coisas a Meu respeito?”.
“A Carla é casada com meu primo...”
Fodeu a biela, pensei: Carla era o nome da baranga endinheirada.
“Estávamos em New York comprando roupas, entrei sem aviso no provador para mostrar-lhe um vestido & ela totalmente nua, sem nenhum pelo pubiano & com marcas pelo corpo que não deixavam dúvidas de que havia sido espancada. Acho que já havia tomado alguns drinques & decidiu afrontar meu incomodado espanto com um cinismo indecente que eu ignorava. Não usar roupas de baixo, manter a vagina raspada eram determinações inegociáveis. Os vergões na carne, resultado de flagelações, que ela ostentava como condecorações. Beliscava os bicos dos seios a cada vez que citava o homem que havia conhecido nesse bar & que a dominava inteiramente no centro do palco de um teatro de pesadelos & que a cada crueldade abjeta concebida por seu sadismo a fazia agradecida vítima voluntária na areia libertina do picadeiro do circo do pecado”.
Carla, sua linguaruda filha de uma puta, a próxima vez que a tiver nas mãos...
“Pode parecer maluquice, mas preciso que saiba um tanto do secreto de mim, mesmo que decida me expulsar novamente”.
“Se quiser repisar os passos de seu passado que te trouxeram até, aqui, tudo bem. Foda-se. Mas não venha depois se queixar do cheiro de merda velha apodrecida”.
Enfim, saber como chamá-la: Marlô.
Preferia o maneirismo do apelido familiar, mesmo porque, Maria do Loreto, nome que recebeu em homenagem à avó paterna não era mesmo para deixar de pau duro nem um psicopata condenado à perpétua em solitária.
Até o momento, já havia franqueado o buraco da boceta, especialmente após a chegada da pílula, à visitação de uma razoável turma de caralhos variados para se melecarem em suas mucosidades de fêmea, sem satisfações maiores além dos orgasmos “transgressivos” celebrados em algumas colunas femininas mais prafrentex, como se dizia à época. Porém, com as siriricas de pernas abertas para o reflexo do espelho & a imaginação escancarada ao clandestino, alcançava gozadas protocolares que considerava pirotécnicas. Dentre as fantasias interditas, uma recorrente: ser comida com brutalidade por um macho que a desprezasse em humilhação. Com a indiscrição da puta da Carla, a viciosidade clandestina mostrou seus caninos vampirescos para contaminá-la com incurável inquietude de alma & carnes. Curiosidade recreativa de tempos de liberação sexual, ou uma cadelice latente desejando ser revelada? Ou ambas?
“Carla não cansava de repetir que quanto  mais se rebaixava & se degradava ante as imposições da perversidade de Seu sadismo, mais sentia-se elevando-se enquanto fêmea & que desde que passou a submeter-se a você...”
“Trate-Me por Senhor!”
“Perdão, Senhor. E que desde que passou a submeter-se ao Senhor, experienciava a cada instante de vida maravilhas de entesamento com as quais jamais sonhou nem no desatino de seus mais interditos pesadelos: pimenta incendiada em ácido na profundidade da alma da caverna do útero em todos momentos do dia & do sono”.
Passou a sonhar acordada em gozar como delírio dentro de um pesadelo real. Hesitou por um tempo, porém, prostituta despudorada que mantinha aprisionada no calabouço do moralismo de conveniência escapou da jaula & destruiu a resistência da cautela burguesa da princesinha do papai. Decidiu Me procurar.
“Puramente acidental aparecer naquela noite em que o Senhor aplicava sexo anal...”
“Não faço sexo anal, concedo enrabamentos arrombantes a buracos de cu que sejam competentes em padecer em subserviência para merecerem tal privilégio de encaralhamento!”
“Sim, assistir a Carla submetendo-se àquela bandalheira indecente no meio da rua me deixou excitada de um jeito que nunca experimentei. Porém, quando o vi com sua amiga me deixei dominar pela estupidez do instinto de concorrência feminina. Pura infantilidade idiota. Mereci o que recebi. Sinto-me uma prostituta de calçada, ansiosa para atender a todos os desejos dos clientes. Se puder ainda me dar uma chance...”
Apenas uma audição qualificada na arte da perversidade saberá desfrutar da refinada sofisticação de todas as melodias possíveis de serem executadas pelas carnes de uma mulher ansiando, dissimuladamente ou não, por um açoitamento. Desnudei-a lentamente com o pensamento & fechei os olhos para engolir um gole de whisky.
“Cuidado, bonequinha de luxo. Parafraseando o grande filósofo grego Ibrahim Sued, quem entra nessa chuva é pra se queimar. Você vai sofrer & mais & mais & não importa quanto se lamente, grite ou chore, ou implore por piedade, até que Eu decida ser o bastante.”
“Mas não dizem que o sadomasoquismo é um jogo?”
“Sim, é um jogo, mas sou Eu quem faz as regras.”
O medo da dor mortal substituído pelo impulso em desejar vivê-la o mais intensa possível.
“Meu carro está aí fora, podemos ir para o meu apartamento.”
“Enfia o carro & o apartamento no cu, que depois Meu pau esporra neles. Vem atrás de Mim.”
A gracinha do papai & da mamãe nem imaginava como Eu pretendia acanalhar todos os seus conceitos & preconceitos de classe alta. Mesmo sem cordas, obedece a Meus comandos como uma marionete num teatro de deboches & Me segue sem hesitar em direção ao banheiro feminino.
Cris, encostada no batente da porta do escrotódromo para fêmeas já havia recuperado em plenitude de cinismo o sorriso sórdido. Sem palavras desnecessárias. Apenas cumplicidade sádica. Polegar direito empinado em sinal de positivo notificou que não havia nenhuma mulher no banheiro & que se encarregaria de vigiar para que nenhuma entrasse, mesmo atacada por diarreia galopante ou mijaneira incontida. De passagem, assoprei em seu ouvido: “Se a leitoa gritar muito alto, manda o Zé aumentar o volume da fita”. A vadiazinha, em deboche, fez uma mesura para a passagem da assustada Marlô. Fechei a porta atrás de Mim & mandei o diabo à merda, quando ele tentou saber quais indignidades Eu planejava aplicar àquele delicioso amontoado de carnes de fêmea.
Dizem que mulheres são mais cuidadosas & higiênicas do que homens, mas aquele banheiro estava tão imundo quanto a hipocrisia de um moralista. Fedia mais do que uma corja de políticos assistindo, na capital federal, à parada do Dia da Independência Nacional.
Marlô assustada, porém, tentou Me encarar com naturalidade. Potentes tapas alternados em seu seios fizeram com que arfasse, ansiando para reencontrar ar na dificuldade que passou a experimentar em respirar com regularidade. Apenas a puta, entre as humanas tem a animalidade natural das irracionais fêmeas bestializadas pelo instinto do cio. Quando uma boceta masoquista de alma encara viver sua realidade, sabe que não é alguém para conquistar os sonhos de outros, mas uma sacerdotisa que se oferece em sacrifício, pronta a realizar seus mais depravados & deliciosos pesadelos próprios. O tesão depravado é um cachorro fiel à sua espera no mais fundo de sua alma, pronto a enlouquecer, atacar, mastigar & estraçalhar suas entranhas.
Um incêndio explodiu em seu ventre quando agarrei seu cabelo com violência fazendo sua cabeça ir para trás.
“Vou te levar a um inferno onde você vai se lambuzar na porra do demônio”. Mantive os cabelos puxados, porém, agora, sua cabeça erguida como se exibisse um troféu de caça. Gemeu quando sentiu Meus dedos firmes se enterrarem na líquida fervura de sua boceta.
“Imagine o quanto vai querer gritar quando eu promover um estrago mais doloroso com Meu caralho no buraco do teu cu”.
“Estou escutando na profundidade da caverna da alma do útero um som mais maravilhoso do que uma melodia cantada por um coro de demônios”, Marlô recitou com uma estranha rouquidão entesada na voz.
“É que o bronze dos sinos do inferno é fundido com o suco do gozo de bocetas.”
“O que pretende fazer comigo?”
“Todas as perversidades sacanas que tua imundície de puta imagina, mas não tem coragem de assumir. Você vai ter tudo quanto deseja & Eu muito mais. Vamos nos incendiar até o último estremecimento melado de eletricidade que a gozada de nossas porras se misturando tem para nos manter animais imundecidos sem escrúpulos.”
O pavor descabaçou os freios da natureza.
“Sinto, não posso mais segurar: preciso fazer xixi”.
“Quem faz xixi é criança, cadelas mijam como animais, desqualificadas que apenas são”.
Sem escolha, ficou de cócoras, levantou um tanto a mini saia, encaixou a calcinha no meio das coxas & mijou com um ruído espumante de esguicho. Interrogou com os olhos Meu olhar entediado, parecendo perguntar se Me escandalizava.
“Fêmeas que usam calcinhas são banais”.
Preferi sorrir com condescendência para o amedrontado peidinho infantil que não teve como evitar. Pôs-se em pé com agilidade, pelos pés livrou-se do trapo rendado & abandonou-o encharcando-se na poça de mijo. Percebe-se a vagabunda oculta dentro da fêmea, quando a mulher ao se despir frente ao homem o faz como uma puta desnudando-se em uma praça, frente à uma multidão.
Não conseguia ocultar, revelava uma lágrima de gozo escorrendo lenta pelos baixios do olho da boceta. Porém, agora sorria transtornada.
“Nossos anjos internos mostram nosso lado bom. Nossos demônios interiores mostram nosso lado verdadeiro”, sentenciei-lhe.
Nua da cintura para baixo em absoluto desamparo. Naturalmente, dilatava as carnes do buraco da boceta como desejando escancarar suas entranhas ao olhar do universo.
O curto período sob a escuridão de Minha maldade negra havia dissolvido qualquer vestígio de vergonha ou censura. Estar despida, numa nudez animalizada era essencial, agora sabia. Não estava certa se estava pronta a suportar todo o desconhecido que se abateria sobre suas carnes, porém, convencida de que tudo deveria ser suportado. Submetida, apenas um trapo de carne para Meu Foder, à mercê da impiedade de Meu devasso arbítrio. Meu poder sobre ela era indiscutível.
Quem é prisioneiro da luz não deseja ser libertado.
Sua expressão de beleza acinzentou-se ligeiramente com animalidade, em temor, quando encarou o intransigente autoritarismo do couro do cinto que, com severidade, desenrolei da cintura & ostentei dobrado ao meio em ameaça.
Ordenei que se curvasse sobre o vaso sanitário. Obedeceu sem hesitação, postou-se em depravado cachorrinho sem constrangimento. Posição exata para explorar em degeneração a geografia de suas entranhas. Seus buracos de boceta & cu voando no mais alto do céu da depravação, em busca do paraíso da devassidão. Aquelas coxas entreabertas exibindo um chumaço de pentelhos claros eram uma deliciosamente hipnótica ameaça apavorante, como um Porsche prateado com carroceria de alumínio disparando para lugar nenhum, apenas para provar que conseguia alcançar a morte a 300 quilômetros por hora.
Então a Hora Negra do Marquês chegou com suas sei lá quantas (& Eu lá vou ficar contando badaladas na Minha mente para seviciar as carnes de uma fêmea, de bruços sobre a privada, bunda estrategicamente posicionada, cu desabrochado à mostra, fenda da boceta discretamente exibida entre as coxas semiabertas, num banheiro de boteco fedendo à merda & mijo?) badaladas.
Qualquer esperança de misericórdia evaporou-se quanto sentiu a brasa do couro descer impiedosa sobre suas carnes de bunda pela primeira vez. O choque da dor súbita é pior do que jamais imaginou. E agora com este primeiro golpe, entende com horror o quão doloroso isto vai ser. O latejamento provocado pela primeira descida do cinto queima seus sentidos, mas sua mente estranha mais do que sua carne dolorida. Surpreende-se não apenas pela aceitação, mas pela ansiedade do próximo golpe que virá não sabe quando, mas que deseja como nunca desejou nada na vida. Sim, dói & humilha, porém, Marlô experiencia um orgasmo maravilhosamente surpreendente & desconhecido. Seu grito de dor é imenso, porém, Eu & ela sabemos que suas carnes berram puro & primitivo tesão animal.
De repente, como se do nada, os divinos gritos esfrangalhando a garganta metalizada de John Lennon,  em “Twist and Shout” (os dois minutos & trinta & dois segundos mais maravilhosos de rock já gravados em todas & quaisquer das galáxias do senhor Spock, em qualquer eternidade açucarada de Deus ou envenenada de Satã) invadiram Meus ouvidos & turbinaram de adrenalina a pulsação do sangue de Meu coração.
A diligência de obediente cadelinha porca de Cris, jamais Me falharia.
Além de tentar preservar a discrição de seu prestigioso estabelecimento, o Zé, tenho certeza, ao colocar o som no último furo, estava prestando uma homenagem à Minha Arte enquanto spanker.
Marlô agora geme com angústia pela considerável dose de dor que experimenta. Cadela em sofrimento, uivando o prazer da dor de seu tormento. Enlouquecedoras contrações de tesão começam automaticamente a atormentar as mais sensíveis zonas de seu corpo, promovendo um carnaval de desespero frenético no mais fundo de sua boceta & nas bordas enrugadas de seu buraco de cu, que agora recusa-se a permanecer fechado, piscando como se assumindo um ritmo próprio de respiração entre as deliciosas bochechas de suas nádegas.
Uma sucessão rápida de severas vergastadas faz com que morda os lábios. Depois, golpes mais espaçados, porém, cada qual mais violento & incendiário que o anterior. As lágrimas começam a escorrer, silenciosas mas intensas em sentimento.
“Melhor chorar agora pelo que se tem, pois, amanhã, talvez não se tenha nem pelo que chorar”, decreto com todo sadismo em seu ouvido.
Respirando pesadamente, estremece a cada golpe latejante & contorce-se sensualmente desejosa depois de cada um. Não tem mais certeza sobre para qual desconhecido limite futuro se deslocou sua capacidade de resistência à dor & nem deseja descobri-lo. Quer apenas correr & mergulhar nos porões de seu inferno de ansiedades, porém, desejando que esteja o mais distante possível.
Alguns cortes da pele macia de sua bunda começam a verter finos filetes de sangue. A agonia parece insuportável, porém, Marlô suportava cada novo violento. Sente-se a mais desprezível das mulheres, quer implorar que pare, mas ao mesmo tempo resiste, pois estranhamente sabe que implorar clemência será assumir uma vergonha imensa, a confissão de não ser boa o suficiente como desprezível carne de uso para Minhas perversidades sexuais. Então padece sob a maior submissão  que consegue se impor, experimentando uma estranha satisfação por estar respondendo com a mais humilhada obediência de que nunca julgou-se capaz.
Bizarra felicidade a cada queda dolorida do couro sobre suas carnes.
Meu cinto cada vez mais cruel,  vai desenhando ensandecidos vergões em suas carnes. A língua da chibata incendeia sua pele com a saliva dolorida do couro. A flagelação é impiedosa. Está amedrontada, teme que o sofrimento irá assassiná-la,  mas é justamente ele que dá uma nova vida de resistência a cada novo ardor do latego. Seu buraco de mijar estufado pelo sangue envenenado por tesão elétrico mostra-se agora como boceta digna da plena sordidez do calão. Lágrimas de dor alagando com melado ranho de fêmea as pregas de sua cona inchada.
Então, com um uivo imenso, Marlô goza.
Minutos resfolegando como um animal que escapou de seu predador.
Seu sexo cheira a molhado, como chão chovido.
“Tua para mais & para tudo o mais com que desejar de emporcalhar para teu prazer, Senhor!”, declarou, oferecendo à Minha devoração a delícia em podridão que cultivei dentro dela.
“As mais imundas maçãs de Sodoma sempre foram os frutos que ofereceram o deleite das mais sofisticadas maravilhas ao requinte dos apetites do Prazer & teu cu será para Mim a taça inesgotável para beber de tuas mais imundas delícias”, falei injetando perversidade gelada em seu sangue de fêmea voluntariamente subjugada ao Meu Arbítrio.
A experiência Me ensinou que uma enrabada competente, sodomizar com vontade até rachar ao meio um asterisco de bunda explorando todos os corredores do labirinto de incertezas anais, transforma qualquer fêmea insípida numa estrela pornô, nem que apenas por alguns minutos.
Um cu deve ser fodido em feroz plenitude de momento, sem julgamentos prévios ou posteriores, pois, como li uma vez em algum lugar, o mais apertado buraco pode levar ao mais fundo da alma & depois de arrombado, mística caverna sodomítica, pode revelar a Verdade.
Tão logo escancarei as bochechas de sua bunda, como fêmea banal passou a piscar o buraco & logo o arreganhou. “Isso não é sexo anal, é encaralhada em arrombamento de buraco de cu. Feche, aperte, porque da puta quero em sangrar prega a prega & da cadela quero extrair merda da escuridão do calabouço do cu”.
Faca quente cortando barra de manteiga, bombar meu caralho naquela cloaca de fêmea era ter os Beatles tocando no palco do meu saco.
Invadi a entrada de seu traseiro com a selvageria de um alucinado, dilatando, com meia dúzia de estocadas violentas aquele ponto de carne até a quase inacreditável dimensão de uma nova boceta.
Sexo anal sempre fora  um tanto incômodo para Marlô, porém, o que estava experimentando ia além, muito além do que se podia chamar banalmente de sexo anal. Uma sodomização selvagem, dilatadora, rasgando-a & arrombando-a. Tudo ia além até  do estupro, mas o mais inquietante é que ela não apenas consentia, como implorava para que acontecesse em enlouquecida intensidade & que jamais terminasse.
Continuava gritando & gritando, porém, agora eram inegáveis estardalhaços de prazer que saíam de sua garganta. Seu obsceno ânus dilatado como uma boca em espanto, vertendo, como uma torneira maluca, o generoso suco de energia da vida.
Transformei aquele buraco de carne que ela carregava no centro da bunda num Stradivarius capaz de executar perversamente todas as sinfonias de degeneração de Meu deboche sádico.
O trovão da esporrada no cu, fez, ao mesmo tempo, o mar de sua boca boceta gritar maremotos de porra de fêmea. Minha porra, espalhada naquelas entranhas de cu baldio arreganhado à força pela violência de Minha perversidade escorria generosa por suas coxas exaustas. 
Retornei à mesa & o rosto bonito de Cris Me recepcionou sorrindo com lágrimas nos olhos. Havia escutado tudo com o ouvido colado à porta do banheiro & se masturbado durante todo o tempo. Atirou-se ao chão & beijou o couro de Minhas botas. A galera do boteco achou melhor não estranhar mais aquela atitude estranha.
Marlô voltou recomposta & sua, agora fisionomia de indiscutível puta, sorria realização & gratidão. Rabiscou um pedaço de papel: “Apareça em meu apartamento; minha amedrontada ansiedade por ser espancada novamente estará esperando pela impiedade de Sua flagelação”.
Dilatado, sangrando, vazando muco esmerdeado de foda, ardendo, arrombado por aquela selvagem encaralhada, não havia buraco de cu mais feliz naquele momento da noite da cidade.
Liberte a devassa cadela que se esconde nas interditas profundezas do ânus da fêmea & ela passará, com desenvoltura de prostituta veterana, a te oferecer, deliciosamente, o buraco do cu como um inesgotável covil de depravações. Ela, em dor, gemerá orgulhosa pelo embostado catarro de gozo envenenado pela doçura do tesão que verte pelo rabo, como o bêbado que não se envergonha por babar seu vômito azedado pelo álcool.
Saiu para a escuridão da madrugada dos medíocres emporcalhada em imundos tesões proibidos escorrendo pegajosos de seus buracos de fêmea acanalhada. Mulher, puta, cadela, submissa, agora uma força da natureza que veio vidro & pedra & agora ia transmutada em carne temperada em açúcar & veneno.

FIM

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Açúcar & Veneno (Parte 1)


Na verdade, o mendigo nunca está muito interessado na qualidade do prazer que vai tirar da bituca de cigarro que apanha no frio úmido do cimento da calçada: ela simplesmente está ali, implorando para ser queimada & ele está sempre com uma louca vontade de fumar.
Naquela noite, a baranga endinheirada que duas ou três vezes por mês aparecia suplicando por um show de rola já chegou alegrinha: tinha participado com o marido de um rega-bofe oficial repleto de pais da pátria filhos da puta. Arrotando hálito de champanhe importado, implorou por um arrombamento a seco. Para ela, dar a bunda era uma sensação de delícia de um prisioneiro saído de longa pena, andando num temporal, o que seria incômodo para a maioria das pessoas. Quase ninguém passando por ali àquela hora noturna. Vergou-se de bruços no capô do carrão importado, levantou o vestido, arriou a calcinha (a vagabunda sabia que lhe era proibido usar essa inútil & incômoda peça de roupa, especialmente em Minha presença) & expôs o piscante buraco de cu. Iniciei o encaralhamento sem piedade & com três ou quatro bombadas até o talo, veio o cheiro & percebi que Meu pau estava esmerdeado. Gritei o protocolar “Puta que pariu!” para o céu da madruga, com um puxão estraçalhei a calcinha & comecei a limpar o cacete com o caríssimo trapo de seda enfeitado com rendinhas. A vadia tentou Me xingar de vagabundo, porém, na segunda sílaba, com uma bela bofetada deixei-a com cara de pano molhado & coloquei-a de bunda sentada no asfalto garoado. Chorando feito vaca velha perguntou “Posso voltar amanhã?”. A sola de Minha bota atirou sua face de maquiagem borrada no chão. Abriu a bolsa, puxou um maço de cédulas: “Eu te dou dinheiro. Pelo amor de Deus, só não me deixa ir pra casa sozinha comigo mesma”. Peguei as notas, arremessei-lhe na cara uma estereofônica cuspida carregada de nicotina & atravessei a rua em direção ao bar do Zé. Não tem jeito, fodas no frio da garoa da madrugada sempre serão tristes. Da porta, Cris havia assistido a tudo com uma perversa alegria no sorriso & ao ver Meu caralho ainda duro como um poste falou “Vamos entrar, que Eu resolvo isso”. Era uma chupadora atávica. Sua língua não escolhia paladares de limpeza ou sujeira: desde que tivesse uma pica estufando-lhe a boca, extraía tesão do envenenamento doce ou da doçura envenenada. Sabores, apetitosos ou repugnantes eram apenas complementos estimulantes à sua depravação enquanto boqueteira viciosa que não conseguia ou queria resistir à enlouquecedora deliciosa sugação peniana. Merda ou mel, açúcar ou veneno, a felação injetava em suas entranhas um tesão irresistível em cada milímetro de suas carnes de cadela emporcalhada em prazer. Importava apenas que recebesse um generosa dose de suco de macho esporrada em seu estômago. E era exatamente o que pretendia lhe proporcionar em troca da limpeza salivar de Minha caceta.
“É vamos beber toda a grana da burguesa; a escrota vai curar a bebedeira na cama com o marido que está roncando com o bundão branco de fora & amanhã acorda madame de novo & na semana que vem volta como puta”.
Eu nunca precisei de bebedeira para acordar sabendo sempre o zé ninguém que sempre fui.
Só então, de canto de olho, percebi que, da esquina, um belo par de coxas perfeitamente encaixado numa mini saia vermelha, também havia assistido à cena toda.
Eram os tempos mais mal cheirosos do golpe de estado. Os militares, além de atentos para livrar o país do “perigo soviético”, também assumiam como “missão patriótica” perseguir garotos de cabelo comprido,  algum descuidado portando ou queimando um baseado, homem que desse cu para homem, mulher que roçasse boceta com outra & reprimir qualquer comportamento sexual ou proto sexual que a “intelligentsia” da caserna considerasse degenerado & incompatível com os “valores morais de nossa sociedade cristã”. Um horror estúpido.
Expor-se como praticante de sadomasoquismo, então, era praticamente pedir para ser “morrido suicidado”.
A gente colocava anúncios mais ou menos cifrados em revista vagabunda de mulher pelada, se comunicava por caixas postais & com toda a paranoia própria do período, organizávamos encontros & reuniões discretíssimos preferencialmente em bares & restaurantes; experiências pessoais trocadas quase como segredos de guerra no clima da neura da época.
O bar do Zé era agradável, porém, o Zé como todo dono de bar (pra Mim todo dono de bar é Zé) era tagarela &, perigo indesculpável, bebia feito um afogado sedento. Logo, não resistia a comentar com quem quisesse & com quem não quisesse ouvir, que de vez em quando ali se reunia um grupo de doidos que gostavam daquele troço de sadomasoquismo, que era “aquela coisa de gente matusquela vestida de couro preto dando chicotada em gente louca pelada que gostava de apanhar”. Inevitável que um certo público de curiosos de zoológico também fosse ao boteco, com intenção de conhecer algum daqueles “malucos”. Poucos admitem querer morar no inferno, mas a maioria tem um perverso desejo de visitá-lo.
Porém, apesar disso, Eu gostava do bar do Zé: lugar agradável, música de fita centrada em rock de verdade, bocetinhas burguesas em disponibilidade &, mais importante: tinha a Minha marca de whisky por origem confiável & com um preço tolerável.
Cris herdeira de um monumental patrimônio plebeu de enricados imigrantes que diarreiavam dinheiro, era noiva do Paulão, meu colega de faculdade, integrante de um quatrocentão clã falido desde o tempo das capitanias hereditárias, mas que ostentava dois sobrenomes capazes de transferir pedigree à mais sarnenta cadela vira latas. Um acasalamento de conveniência, perante Deus & os homens, que iria satisfazer à hipocrisia decadente de ambas as famílias. Paulão, no entanto, preferia, por enquanto, trepar com a prima Selene, prometida em casório a um outro primo trouxa rico qualquer. Cães de raças endinheiradas não têm quaisquer escrúpulos em promover o acasalamento de pedigrees consanguíneos, em nome da melhoria da espécie: entenda-se, do capital & seu incestuoso filho, o lucro. Cris, revelada uma depravada putinha de alta sociedade, se transformara em uma confiável foda regular para Mim.
E estava a porca cadelinha Cris punhetando-Me por debaixo da mesa, enquanto recitava imundas obscenidades de porta de privada de puteiro em Meu ouvido, quando o belo par de coxas perfeitamente encaixado numa mini saia vermelha veio, com  despretensioso jeito despreocupado de quem olha o infinito com desinteresse & cravou os olhos claros em Mim: “Não se apressem por mim”.
Foi a dica que o pornográfico exibicionismo de Cris nem necessitava. A ordinariazinha passou a Me masturbar com a velocidade alucinada de um filme acelerado & num minuto soltei um grunhido de gozada capaz de desafinar sinfonia de qualquer Beethoven surdo.
“Não se incomodam que as pessoas vejam?”
“Me interessam apenas vadias como você brilhando o olhar sem conseguirem desviar os olhos.”
O par de coxas na mini saia vermelha esforçou-se em parecer imperturbável, mesmo quando Cris, sorrindo devassidão, passou a lamber com apetite guloso, como se fosse o chantili de seu bolo de debutante, a mão & os dedos esporrados.
“Tem mais coisas que vocês façam pelo prazer infantil de apenas escandalizar?”
O copo de chopp de Cris estava vazio. Levei-o para debaixo da mesa & propositalmente fui o mais ruidoso possível, para não deixar dúvidas sobre o que estava fazendo. O copo retornou cheio de espumante líquido amarelo. Com a fineza & elegância aprendidas nos cursos de etiqueta para moças de famílias ricas, Cris degustou prazerosamente Minha generosa mijada, gole a gole, até a última gota. O deboche de sua expressão  era deliciosamente degenerado a ponto de orgulhar até o supremo depravado Marquês.
Os lábios gostosos da visitante, paralisados na postura de desafio, não conseguiam ocultar a devassidão animal que os  endurecidos bicos das tetas apontavam revoltados sob o tecido fino da blusa, mesmo aprisionados pelo dispensável sutiã. Nos olhos, a luminosidade indesmentível da verdade de prostituta que não conseguia se esconder na social conveniência pequeno burguesa. O forte & enjoativo cheiro salgado do muco de fêmea que encharcava sua cona descontroladamente, quase competia em vitória contra o odor da fumaça dos cigarros. Nenhuma mulher, por mais dissimulada que seja, consegue mentir mentiras de língua seca pela boca umedecida da boceta.
No entanto, precisava manter a pose marmorizada em petulância. Ser feminista, à época, era, prioritariamente, afrontar homens. Pediu uma dose dupla da cachaça mais vagabunda, deu um primeiro  gole de macho, porém, a marca vermelha na borda do copo denunciava sem censura todas as obscenidades contidas pela covardia que ressecavam sua garganta feminina.
Cris passou a ser apenas uma espectadora privilegiada do papo, mas entesada a ponto de não conseguir parar de se masturbar por um instante.
“Então você é o cara que sente prazer em espancar mulheres?”
“Não todas: apenas aquelas que conseguem evoluir da burrice feminina à obediência canina para saberem implorar & desfrutar da sofisticação desse privilegiado prazer. Saber-se submissa dá à mulher certeza maior de existir enquanto fêmea do que olhar para a própria boceta no espelho todo dia.”
“Não acredita que uma mulher possa chegar ao orgasmo sem ser pela dor?”
“Há a necessidade de um sofrer, de uma lágrima, para que o tesão dê verdadeiras gargalhadas de deboche.
“Então é mesmo metido a escritor, como me disseram?”
“Não, apenas um putanheiro que, depois do terceiro whisky garatuja sacanagens em literatices, enquanto alisa o pau por cima do pano das calças escondido em uma quitinete de porta & janela, com espaço pequeno até para mudar de ideia”.
“Um putanheiro que trata todas as mulheres como trapos de carne com que limpa o pau, depois de usá-las como depósito de porra”.
“Uma definição lisonjeira, sem dúvida, mas prefiro ver-Me como um intrépido bocetonauta singrando em noites tempestuosas os mares da putanhice, vivendo aventuras, enfrentando perigos & conquistando vitórias em terras conhecidas & em continentes desconhecidos de carnes de fêmeas nessa Pauliceia Despirocada”.
“Se for apenas questão de resistência à dor, não me amedronta, como não deveria deveria assustar qualquer mulher digna desse nome”, insinuou-se desafiadora.
É inevitável que se queira que gente que fale muito sobre cordas enforque-se com elas. É um papo tão chato que nem precisa ser sádico para desejar isso. Era uma açucarada levantada de bola que Eu não iria desperdiçar para marcar o mais envenenado gol de placa no Coliseu da Sacanagem.
“Lamento muito, burguesinha fantasiada de puta de butique, porém, não estou disponível para ser coadjuvante apalhaçado em sua ópera de hipocrisias. Meu sadismo é Minha Alma; acho que não vou poder vender o que você quer comprar. Mesmo que pareça demônio propondo tratos, não assino pactos com anjos”.
“No orgulho, a coragem se torna imortal”, recitou com impertinência de intelectualerda insolente.
“No sadomasoquismo, o gozo é o túmulo do medo”, retruquei com perversidade sorridente. “Quem ama o prazer despreza o medo.”
Cris estourou numa operística gargalhada de deixar sem graça uma plateia de comédia dos Três Patetas. Toda a caterva do boteco encarou, imaginando o que poderia ser tão engraçado.
“Eu não sou uma de suas putas!”
“Nem se atreva a se julgar Minha puta, antes que Eu decida considerá-la como tal.”
“Para mim não passa de mais um machão inseguro usando a violência como biombo para tentar encobrir uma homossexualidade reprimida, com meretrizes gratuitas como essa sujeitinha aí.”
O sonoro tapa que explodi em sua cara fez o boteco respeitar um único minuto de silêncio naquela noite.
“Toda mulher que quer pagar barato pelo nome de puta será sempre resto de carnes para vira latas no açougue do sexo. Ninguém te chamou aqui. Pode se mandar & leve na bochecha, de brinde, o peso da Minha encoberta homossexualidade reprimida, sua burguesinha escrota”.
Raivosa, abandonou o sorriso insolente na marca de batom grudada na borda do copo. Com expressão de corpo fora da mente & mente fora do tempo levantou rápida como um susto eletrocutado pelo cu, com uma lágrima de ódio no olho esquerdo, virou-se na raiva & foi embora de Minha visão.
O boteco retomou sua animada sonoridade bêbada.
“Dessa vez, acho que foi exagerado até para o teu estilo”, Cris arriscou comentar com um certo amedrontamento no sorriso.
“A bofetada é o espelho que revela com a mais absoluta nitidez a face da alma da puta que se esconde nas entranhas da fêmea. Como diria qualquer crítico literário vagabundo, como Deus, por exemplo, a vida não é um livro de boa qualidade, porque tem muitos diálogos, então, apenas Me chupe por debaixo da mesa, sem falar, pois ainda tem a merda da ricaça para ser limpa de Minha pica. Essa vai voltar, como todas voltam”.
Sem hesitar, Cris passou a empenhar-se em seu ofício de boqueteira sem escrúpulos. Ainda Me restava no saco um tanto de esporra para ela deliciar seu apetite de escrota degradada em paladares fétidos de mijo & merda. E os próximos minutos foram gozada & mijada pura em sua boca, para aliviar Meu escroto & umedecer sua sede de incansável cadela chupadora.
Puxei fundo a tragada do cigarro & sem mais, do nada, apareceu no meio da baforada de fumaça de nicotina, uma tesudíssima mulher sem rosto com um delicioso par de coxas enfiado numa minissaia vermelha sustentando um gostoso corpo de espécime feminino de um nível de delícia entesante que dispensava mais adjetivações & que começa a massagear o meio de Minhas pernas para Me deixar de pau duro. Tenho certeza de que ela deveria ter o rosto da mulher que acabara de esbofetear.