Não é tão fácil quanto
fazem parecer os pretensiosos, especialmente, quando mentem. Porém, às vezes,
acontece.
Numa dessas reuniões em
mesa de bar da moda onde, depois de algum álcool, a conversa rola com uma
intimidade aparentemente desprovida de preconceitos, tão falsa quanto a alegria
forçada de todos os que querem disfarçar suas tristezas nas risadas bebidas dos
copos.
Era amiga de alguém que,
acho, Eu devia conhecer, superficialmente, sei lá. Bonita, sem dúvida, mas não
a mais da turma ou do bar. Entretanto, aqueles olhos extremamente pretos, que
não conseguiam deixar de Me encarar, imploravam atenção, aos gritos, por trás
de um certo temor que não podiam disfarçar.
O papo foi para sexo na
literatura & um amigo decide dizer que Eu gostava de textos
sadomasoquistas. Falei que para o escritor, não deve haver temas sagrados ou
malditos, qualquer assunto poderia gerar obras geniais ou péssimas & que
nenhuma deveria ser objeto de prejulgamento de parte do leitor. “Procuro não
ter preconceitos, mas por algumas coisas que li, não posso entender como uma
mulher consegue se submeter a certas coisas”, disseram os olhos pretos, com o
máximo de segurança que conseguiram.
“Talvez, quando tiver
coragem de entender o porquê delas se submeterem, compreenda que o pesadelo é
um sonho como qualquer outro & que pode trazer a mesma satisfação quando
realizado”, respondi. Os olhos pretos desabaram sem conseguirem Me encarar mais.
Algumas risadinhas nervosas & alguns sorrisos de condescendência burguesa.
Achei que era o momento certo de sair para uma estratégica mijadinha
protocolar.
Na saída do banheiro, lá
estava ela Me esperando, respirando assustada, grudada à parede. O puxão forte
nos cabelos colocou sua boca aberta na posição exata para o beijo animalizado
em mordidas. Minha mão decidida abriu suas pernas & Meu dedo enterrou-se numa
boceta absolutamente inundada por langonha quente de fêmea.
“Eu quero sonhar meus
pesadelos em realidade”.
“Esquece, nem por decreto
meto em buraco de mijar de cadela que usa calcinha & tem pelos no meio das
coxas”.
“A calcinha posso tirar,
mas quanto aos pelos não posso fazer nada agora”.
“Vire-se ou foda-se com o
dedo ou com o vibrador”.
A voz hesitava, mas cometeu
o erro de parecer desafiadora.
“Não estou acostumada a que
homem me diga o que fazer”.
A bofetada estalada
desmontou a arrogância.
“Ainda não a considero puta
digna de obedecer ao que desejo, apenas estou dizendo o que Não admito em trapos
de carne de foder, burguesinha escrota”.
Saiu apressada. Quando
voltei à mesa, não estava. Alguns olhares discretamente acusadores não
conseguiram disfarçar que sabiam que alguma Eu havia aprontado. Montei a cara
mais cínica de blefador de pôquer & sorri, pensando “FO-DA-SE!”.
Surpresa para todos. Em
pouco mais de meia hora, estava de volta. Senta-se ao Meu lado com o sorriso
mais formal possível & começa a participar da conversa com a naturalidade
do nada demais acontecido. Mais um momento, toma um gole, discretamente pega
Minha mão & a conduz para o vão das pernas. Meus dedos encontraram a mesma
racha encharcada, só um tanto inchada &... totalmente depilada. (Depois
contou: ida relâmpago a um shopping, compra um aparelho de barbear descartável,
um tubo de creme & raspa a pelugem da cona num banheiro. Na volta, pôs fogo
na calcinha & a fez voar incendiada na velocidade do vento frio da noite). Com
estudada perversidade, esmaguei as pregas daquela boca de carne na palma de Minha
mão. Seu gemido de tesão temperado pela dor só pôde ser escutado por Meu ouvido
lambido por sua língua em sofrimento & celebrado por um endurecimento maior
de Meu caralho.
Minha casa era o destino
mais próximo.
Apenas fechada a porta às
suas costas, agarrei-a pelos cabelos & apliquei-lhe uma ritmada série de
tapas de palma & costas de mão, em estudado descompasso aos seus gritos
inúteis.
“Em Meu Chão, em Minha
Presença, fêmea que tem o privilégio de ser admitida para servir como animal de
foder, em satisfação aos apetites de Meu Sadismo, é proibida de vestir qualquer
peça de roupa. Exponha imediatamente essas ordinárias carnes de desqualificada
vadia desprezível”.
Sem hesitação, pôs-se nua.
Se não tinham, realmente,
nada de especial em sua beleza enquanto vestidos, os olhos pretos escondiam
debaixo das roupas um corpo alucinante. Tetas do tamanho exato para serem
esmagadas com impiedade por mãos experientes; coxas dimensionadas com exatidão
para serem escancaradas ao máximo; a boceta pelada era apenas uma fina rachadura
que era promessa de embutir uma deliciosa maçã esfaqueada, ansiosa pelo
alargamento & devoração no martírio da trepada & uma bunda generosa,
perfeita para sevícias, que anunciava um diminuto orifício de cu como
repositório de degeneradas maravilhas a serem deglutidas em putanhices de
extremada depravação.
Homenageei o espetáculo de
devassidão que aquele corpo exibia com um potente bofetão. As lágrimas
silenciosas desceram agradecidas sobre o malicioso sorriso feliz que seus lábios
desenharam & a língua lambeu com maldade infantil o filete de sangue que
escorria do canto da boca.
“Apenas imploro por uma
coisa Mestre: que realize em mim todas as crueldades para satisfazer seus
caprichos & que transforme a mulher banal na indecente prostituta submetida
sem vacilações em gratidão à sua indiscutível Vontade”.
Ajoelhou-se & submissa
lambeu Minhas botas.
Dali para frente, nossos
corpos passaram a falar uma linguagem sem palavras que apenas nosso tesão
sadomasoquista poderia traduzir... & compreender.
Sonambulando como
sonhadores acordados, passamos a pesadelear nossos prazeres em dor &
deboche.
Jogada de bruços sobre a
cama, braços & pernas abertos em xis, sem saber a qual destino desconhecido
seria levada, porém, estava entregue ao Meu comando. Passeio o couro do cinto
em lenta suavidade desde sua nuca até a base da curva de suas nádegas. Os poros
de sua carne marcam presença sem ocultar o arrepio de medo condimentado em
sintonia a um prazer inédito. Seus limites básicos estavam espalhados pelo chão
em meio às peças de roupa.
No inesperado do momento
apenas por Mim planejado sentiu a intensidade da primeira vergastada. Seu grito
na dor súbita & instantânea encheu de delícias a atmosfera do quarto. O
doloroso incêndio de sua carne encontrou-se com o abrasamento da fogueira de
tesão que queimava em suas entranhas fazendo sua cona dilatar-se & deixar
escorrer um brilhante corrimento de umidade de gozo fora de controle. Virou
para Mim o rosto alagado em lágrimas sangradas & com felicidade martirizada
sussurrou: “Obrigada!”.
Na tempestade do flagelo
que lhe aplicava, os relâmpagos de cada descida do couro desferida em sua carne
foram iluminando o caminho de suas entranhas ao gozo de maravilhosa intensidade
jamais experimentada.
Seu deleite ajustou-se à
dor & passou a empinar a bunda, implorando, no intervalo de cada gemido,
que não parasse, que aumentasse a força dos golpes. Por fora chorava fêmea, por
dentro gargalhava animalizada rameira bandalha. Prendia a respiração em
expectativa pela nova dor que viria no próximo ataque do cinto.
Suas costas, bunda &
coxas exibiam um alucinado quadro de vermelhidões desenhadas na sucessão sem
pausa do açoitamento.
A quentura do sangue
cimentava Meu pau num tesão quase insuportável. Separei com violência as
bochechas de sua bunda & numa estocada maluca violentei seu ânus numa
enterrada.
Dizem que os anjos não têm
sexo, sei lá, mas aquela demônia tinha um buraco de cu fervente que era uma
foda do diabo & Eu estava decidido em encaralhá-la em arrombamento,
enrabá-la, sangrando prega por prega, com a disposição sem limites de extrair merda
do mais fundo dos porões daquele apertado & diafragmático inferno anal. Agora
apenas urrava bestializada em animalizado gozo primitivo a cada enfiada
profunda de Meu cacete.
Virei-a & com uma
magistral bofetada ordenei que escancarasse a boca. A rameira salivava como uma
cadela vira latas olhando para um filé & babou toda saliva de cachorra, que
nunca imaginou ser capaz de produzir, quando com uma única estocada firme
acomodei a cabeça de Meu caralho no perfeito encaixe de sua garganta de
vagabunda ordinária.
Ofegando no desespero de um
ar de tesão angustiante que nunca respirou antes, acanalhada em sofreguidão,
bebeu até a última gota de todos os litros de mijo quente que decidi lhe mijar
na garganta, com boca de sede de não ter mais amanhã, enquanto eu torcia &
retorcia sem misericórdia os bicos de suas tetas.
Por fim, deliciou-se quase
em afogamento com a generosa dose de esporra quente que depositei em seu
estômago.
Cansado, deitei de bruços.
Com a fome da sujeira que não se admite, Sua língua acadelada sussurrou,
salivando imundícies de palavrões de degradação confessadas a si própria,
enquanto, faminta, faxinou paladares de delícias no Meu cu, até que Eu
adormecesse.
Depois disso, os olhos
pretos que brilharam sua elétrica escuridão no tesão refinado dos espancamentos
que Eu lhe concedi, ganharam nome & fizeram um pouco de história dentro de
Minha história enquanto Dominador Sádico.
Mas isso já é uma outra
história.