SÃO INCONTÁVEIS AS MARAVILHAS QUE ILUMINAM OS CAMINHOS DO CHÃO DE SadoMaster.- PREFIRA TODAS!
sábado, 27 de dezembro de 2014
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
Mulher dos outros, Minha cadela
Explicando
Sade & Bataille
A plateia hipnotizada por seu carisma.
A vibrante eloquência natural com que
transmite seus conhecimentos fazem com que suas aulas sejam disputadas a tapa
pelos estudantes.
Também Me orgulho ao assisti-la segura &
destemida ante tantos olhares, fresca & jovial como quando a preparei em
horas de antes nessa manhã, que suas carnes agora julgam eternidade de
lembrança. (“Eu sei que você tem uma aula importante daqui a pouco, porém,
antes vai fazer uma coisinha imunda para Mim. Isso, alise a boceta sem enfiar
os dedos, mas não se atreva a gozar, ordinária. Agora caia de joelhos, abra
Minha calça & chupe Meu cacete. É sua aula de degustação, saborear Minha
porra em sua língua. Engula até a última gota. Não se atreva a engasgar. Quero
Meu pau impecavelmente limpo por essa saliva de cadela. Vagabunda, sorria pela
felicidade de Eu transformá-la num reles depósito de esporra”).
As presilhas de metal devem estar começando a
lacerar os mamilos dos seios: logo começarão a sangrar.
Os passos decididos destacam a graça de sua
bunda: o consolo atolado até o fundo de seu rabo já deve ter transformado seu
cu num buraco que sem esforço receberá Minha mão até o punho.
A maneira despretensiosa com que acomoda a
mão sobre o ventre: o clipe de metal preso em seu grelo deve atormentá-la como
um alicate incandescente. Os intervalos estudados para manter a audiência
atenta: o ovo vibratório atolado em sua boceta faz com que responda
maravilhosamente cadela aos estímulos do controle remoto que manuseio de Minha
cadeira no auditório.
Ela me sorri o mesmo sorriso de gratidão,
quando, há alguns meses, Me implorou que lhe iluminasse o caminho & a
fizesse puta nascida pela entrega em sofrimento.
A professora de
literatura
Loira química, de idade boa, cara ótima,
bunda & peitos melhores, chegou ao bar de estudada iluminação de filme
noir, trajando um custoso trapo avermelhado de elegância burguesa - tão bem
ajustado que pouco deixava para adivinhar de suas formas de fêmea tesuda - &
que daria para garantir Minha fome, Meu cigarro & Meu whisky por uns dois
meses.
Casada, feliz com o casamento como é feliz
com o casamento qualquer mulher casada entediada com um casamento de quase três
décadas alicerçado nos mais sólidos princípios do conforto material: entenda-se
grana pra cacete para enfiar pelo rabo adentro, proporcionado pela hipocrisia
da conveniência social.
Alma plastificada de mulherzinha
intelectualoide emancipada, gostava de pensar
sua boceta como o campo de batalhas onde reis tinham triunfos & imperadores
amargavam derrotas, segundo a prepotente & presunçosa segurança da
maquiavélica estratégia bélica que julgava esconder em seu útero.
Especializada em literatura licenciosa, mal
conseguia esconder a Meus olhos experimentados o preconceito de considerar o
sadomasoquismo apenas uma doentia brincadeira imatura de uma criança primitiva.
Já disse um não sei quem famoso de quem não
lembro o nome, que as pessoas não gostam do que invejam.
Porém, Eu percebia que ela se vangloriava por
foder com um bando de homenzinhos de mentira por absoluto terror em foder com
suas fantasias de verdade.
Sua petulância era
tamanha que parecia acreditar possuir poderes sobrenaturais & ser capaz de saber
de meus presente, passado & futuro pelo formato das manchas úmidas que
deixava na cueca depois de mijar.
Arrogante, bebia o
champanhe em pequenos goles & pernóstica sorria arrotos de profiteroles.
Satisfeita por
haver por um tempo ostentado sua plumagem pernóstica, resolveu ser agradável
dizendo que pretendia escrever um artigo sobre Meus textos para uma revista
acadêmica, destacando que Minha estudada crueza no
uso de tabuísmo associado a disfemismo em hiperbólico exagero, não conseguia
ocultar um indisfarçável lirismo animal em Minha algolagnia, mesmo na descrição
das mais depravadas práticas, nas mais degeneradas circunstâncias.
Tanta prosopopeia
apenas para dizer que Eu tinha o maior tesão do mundo em escrever sobre
perversidades sádicas usando um vocabulário sujo pra caralho?
Disse-lhe que até
permitiria que Me lambesse o cu depois que sujasse a boca na
imundície sanguinolenta da hemorroidal merda do mais gonorreico dos mendigos
que lhe cagasse na boca, mas que depois daquela frase idiota, sequer limparia o
rabo com nenhum de seus diplomas.
Ela reage
estranhamente auto satisfeita ao insulto, com um sorriso transgressivo de
maldade condescendente.
Sem aviso, tapei
sua boca & com premeditada crueldade esmaguei o cigarro aceso no mais
carnudo ponto de sua deliciosa coxa branca. O grito de dor ficou preso na palma
de Minha mão; o terror arregalou seus olhos claros que depois se espremeram em
lágrimas quentes.
Retirei Minha mão
& agora seus lábios sorriam um sorriso diferente. A dor é a chave mágica para
destrancar a devassidão da fêmea que anseia ser subjugada.
Naquele instante
soube que, agora, ela tinha um coquetel de pássaros assustados revoando nos
porões da boceta.
O primeiro banquete
Com os amantes,
quase uma dezena, os mais refinados motéis.
Levei-a ao mais
sórdido & repulsivo hotel da zona de prostituição.
Esbofeteada &
chutada até que se pusesse nua em
escabrosa obscenidade.
Imóvel na cama,
deitada de costas, braços & pernas abertos em xis, os bicos das tetas
endurecidos pulam do centro das auréolas castanhas querendo beijar o teto. A
cona exalando a salinidade líquida de seu tesão animalizado. A sombra úmida do
buraco do cu difusa, apenas perceptível na junção das carnes do gracioso rego
das nádegas inquietas que começa a ser irrigado pelo pegajoso suco de boceta
que escorre lento & constante como ganido de alegria de cadela no cio.
O cinto dobrado em
dois balança sua ameaça de couro de forma assustadora ante seus olhos.
Meu olhar
autoritário é eloquente nas não palavras de silêncio que lhe anunciam o
humilhante suplício iminente.
Na primeira
vergastada sem complacência no vão das coxas, o tronco se contorce &
ergue-se arqueado realçando a abertura da racha & revelando o grelo rosado.
Seu grito agudo
foi como o último do condenado ante o medo da morte, porém, serão mais vinte
& quatro dores que experimentará. Para lembrar as bodas de prata que, Me
disse, comemoraria na noite seguinte com o marido & amigos em jantar num
dos melhores restaurantes da cidade. Não fui convidado, mas Meu banquete em
suas carnes será hoje & agora.
A noviça sofre,
mas dócil agradece com sinceridade nas lágrimas quentes & na respiração
desigual pela preciosa delícia desconhecida que lhe traz a dor que lhe é
inflingida.
A cada nova
laceração incendiária desferia pelo açoite - no ventre, nos quadris, nas coxas,
nas solas dos pés & novamente na massa carnuda dos peitos - a vacilante
penitente esmera-se em ofertar a mais subserviente entonação musical à frase
“Obrigada, Senhor!”, que lhe foi ordenada como litania em agradecimento pelo
privilégio da inclemente revelação de maravilhas.
Terminado o
padecimento pela flagelação o vestíbulo de sua vagina é um avermelhado
amontoado de carnes inchadas clamando por degustação & arrombamento, figura
central da enlouquecida pintura de vergões rosados que Minha impiedade desenhou
em suas carnes entregues. Uma inspeção minuciosa de Minha língua revela que o
paladar de seu veludo é de tesão vaporoso de entranhas em fervura, implorando
pelo estupro bestializado envenenando a cópula submissa.
Violentamente,
viro aquela carne de uso de bruços, pois agora é tempo de provocar intoleráveis
crueldades sem trégua em seu pantográfico buraco de cu.
Enterro Meu
caralho sem avisos ou lubrificação prévia em seu rabo, danificando as paredes
de seu esconderijo anal virado em braseiro de martírios pela sucessão feroz de
entradas & saídas sucessivas. A selvageria de Minha sodomização transforma
o desarrolhamento de suas pregas num deleite de degeneração doentia.
Reles fêmea
desabrochada em decadente buraco estuprado, ela apenas implora de forma
comovente que enterre mais fundo & mais forte até que pela redenção da dor
insuportável seja rasgada em prazer.
Esse, no entanto,
só lhe será concedido após a indecência suprema.
Acomodo meu pau em
sua faminta boca ansiosa, para que lamba & deguste cada gota do exótico
sabor do licoroso & quente catarro de cu, mistura de sangue & merda,
que envolve cada centímetro da carne de Meu cacete. Embriagada pelo aroma de
sua imundície que emporcalha Meus pentelhos ela enterra o rosto em direção à
Minha barriga, até que sua garganta mastigue ritmadamente a ponta de Meu
caralho.
Tranquilizei-a em
relação às marcas: deveriam desaparecer até a noite seguinte, quando carnes
imaculadas, poderia conceder ao marido a protocolar trepada comemorativa aos
vinte & cinco anos de casamento.
Pediu-Me um beijo
de despedida.
Atirei-lhe uma
cuspida na face.
Da palma da mão
bebeu de Meu escarro & quando virei-lhe as costas, docemente recitou à
Minha nuca: “Obrigada, Senhor”.
Seis meses depois das bodas de prata
Uma universidade
“Allons enfants de la Patrie” qualquer da França concedeu-lhe um prêmio por uma
monografia sobre novos autores eróticos, na qual Meu nome era citado meia dúzia
de vezes (adoraram quando afirmei que Minha maior motivação literária era a
nicotina), o que Me permitiu a convivência com seus amigos intelectualoides, a
amizade com o marido & a confraternização com a quase dezena de amantes
que, discreta & gentilmente Me acolheram como mais um comensal daquelas
carnes de prostituta diletante.
Não Me sentia
especialmente incomodado por Me considerarem um deles, porém, tanto quanto o
marido, duvido que imaginassem Meu protagonismo sexual naqueles buracos de
cadela feminina.
Jantar
comemorativo com discurso chato de um chatíssimo adido cultural francês com
cara ridícula de cafetão de pornochanchada.
Nunca precisei
amarrá-la, porque o faria num restaurante de luxo? Sei que, enquanto Eu ordenar
permanecerá imobilizada.
Arrebita a bunda
& sem que ninguém perceba ajeita o vestido para deixar as nádegas livres. A
ponta de meu dedo se insinua pela porta de seu cuzinho & a penetra
violentamente, sem aviso. Apenas sua respiração se acelera.
Seus dedos
escondidos debaixo da toalha da mesa, enterrados em seu buraco anterior,
remexem nervosos a carne encharcada de sua boceta. Quer gozar, porém, não o
fará sem Minha permissão & sabe que quando estivermos a sós Meu pau
terminará o que sua mão começou.
Se os que estão à
sua volta soubessem que esse sorriso de cortesia que devolve ao Meu olhar
descompromissado é a confirmação da puta desavergonhada reafirmando-se como Meu
objeto de carne de uso, Meu brinquedo de imundícies sexuais.
Não importa o
lugar, quem a acompanha, ou o que esteja vestindo.
Sempre que Meu
olhar a aprisiona, está exposta para Mim apenas como a vadia despida, carnes
prontas a receberem novas marcas de Minhas mãos. Ali está apenas a escrota de
Meu uso, a fêmea que engole Meu pau até o porão da garganta, a ordinária que
engasga com Minha porra & bebe cada gota de Meu mijo. A sórdida acanalhada
que dilata o cu para sentar no plug gigantesco & arreganha a boceta
encharcada para fazer desaparecer o consolo na caverna do útero enlouquecido de
tesão. A cadela de língua sedenta que ajoelha & agradece sorrindo entre
lágrimas por cada bofetada que recebe. A vagabunda que só para de gemer para
implorar entre gritos de desespero que lhe seja permitido gozar como vadia. A
prostituta que desqualifica a mulher a cada exigência de degeneração sexual que
atende pela Minha vontade, pelo simples prazer de saber-se humilhada em entrega
obediente. A rameira que implora para que o espancamento seja mais forte &
interminável & que suas carnes lanhadas sejam o documento que reafirma sua
servidão sem limites ao arbítrio de Meu sadismo.
O patético francês
anuncia que ela aceitou o convite para lecionar por seis meses na França.
Meu dedo abandona
seu cu com violência.
Sua tentativa de
sorrir é inútil.
Aplausos, uma
veadagem culinária que denominaram como comida, alguns drinques & todos nos
despedimos com a polidez que a hipocrisia social exige.
Na saída, ainda
corre atrás de Mim por alguns metros & gagueja o início da frase “Eu ia lhe
contar...”
Não é preciso que
Eu diga nada; apenas continuo andando, Minhas costas ignorando suas lágrimas.
Sabe que nunca
mais Me verá.
A lua decadente Me
lembra seu rabo arrombado pelo Meu caralho.
Amanhã, vou
espremer Meus olhos para um sol novo como um seio de doze anos sem par.
Na noite parda, todas as
solidões são gatos atropelados
Por um tempo,
foder com ela era a sensação de um serial killer que a cada novo crime repete o
primeiro, sempre o mesmo & único, como um ódio tão apaixonante que deve ser
eliminado a cada vez que é recordado, mas cuja lembrança sempre nos deixa de
pau duro.
Porém, a matança
continuada de suas carnes estava definitivamente encerrada para Mim.
De repente, numa
frase, tudo pareceu tão bizarro como a lógica de um hospital.
A vida não pede
desculpas.
Na cama, despida, treme sem sentir frio.
Sentada na escuridão de sua alma vazia, sente
que a solidão imposta pelo desprezo é a pior prisão. Quer chorar para suportar,
mas não consegue. Sua punição é a culpa, a vergonha por não ter correspondido.
Envergonhada não consegue se afastar do espelho das próprias confissões. Um
objeto que perdeu sua razão de ser porque não será mais usado.
Sua boceta ainda se molha como qualquer
outra, mas não mais se alagará na delícia
do suco da perversão.
A ferida que nunca cicatriza que ostenta no
meio das pernas, ao invés de muco de gozo, apenas verterá água de decepção,
sangue com dor, sem cor.
Sangra porque sabe que não será perdoada
& não lhe será concedido retornar ao seu lugar aos Meus pés. Para sempre
aprisionada em seu inferno.
Quando o ronco ao seu lado torna-se regular
& contínuo, levanta-se & caminha com as coxas umedecidas separadas,
como vaca no pasto perseguindo um fiapo de luar, coloca-se, pernas abertas ante
o grande espelho, & penetra-se com a mão, belisca-se & aperta as carnes
de seu buraco de mijar com violência até que o grito interior chegue à beira da
garganta. Espera que a violência da dor lhe revele Minha imagem de pau duro por
trás de seu reflexo indecente. Para sempre Me terá em emboscada em seus
pesadelos, implorará para que Eu volte a mutilar sua alma. Seus gozos jamais
serão como ontem.
Na cama, o marido ronca o sono dos tranquilos
que acreditam na promessa do reino dos céus.
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
sexta-feira, 18 de julho de 2014
A Filha da Puta
“Nos salões burgueses simula-se a virtude; nos salões
intelectuais simula-se o vício; entre uns & outros, não sei os que me
despertam mais repugnância”: já
bem dizia o velho Pitigrilli lá pelos trinta do século passado.
Odeio esses eventos
literários, ainda mais quando mesmo repudiando, se é o centro das atenções. Não
podia, no entanto, negar essa noite a Sylvia, pelo tanto que tinha feito, &
continuava fazendo por Mim.
A confraternização
com esses repugnantes bípedes socialmente sorridentes estava sendo
especialmente aporrinhadora, porém, não podia Me queixar: Eu havia exigido que
Sylvia colocasse Norma em Minha mesa, acomodada bem à Minha frente com aquele
seu ridículo maridinho que às custas do dinheiro dela, mantinha sua postura
afetada de manequim andante desfilando pasteurizantes ternos importados.
Sylvia não
precisava adivinhar que Eu planejava vomitar raios & trovoadas na
tempestade de vingança que pretendia descarregar sobre aquela fedelha
insolente, mas preferiu apenas sorrir seu mais perverso sorriso, alisar os
bicos dos seios por cima do vestido & curtir no corpo a eletricidade de
apenas imaginar como seria a Minha desforra.
Um nome, que nos
tempos da ditadura, tornou-se algo além de um mero pseudônimo, transformado,
pelas circunstâncias, num esconderijo involuntário contra a bestialidade do
arbítrio policialesco nos milicos. Como o rock, a literatura não vive sem a
mística & a mítica. Muito graças ao trabalho secreto de Sylvia em sua
pequena editora emergente, com as pequenas edições clandestinas em papel de má
qualidade, Spiritus Fornicator passou a despertar o interesse & até a
admiração como um transgressor do moralismo & não apenas um escritor de
textos sujos de violência sexual recheados de palavrões.
Com a mudança dos
tempos & dos ventos, a revelação da coisa toda, mesmo contra Minha vontade,
era uma inevitável estratégia até mercadológica. Sem maiores estremecimentos, o
reconhecimento veio & tornou-se naturalmente confortável. A princípio um
tanto de dinheiro apreciável, depois um rendimento nada além do medíocre, a
acomodação impôs-se & Spiritus Fornicator virou apenas um escritor de
textos sadomasoquistas com algum destaque garantido pela tradição.
A iniciativa da
reedição compilada dos textos clandestinos, no entanto, fugiu da mera jogada de
marketing. Foi algo que Sylvia, com sua incondicional paixão pela Minha escrita,
sentiu necessidade vital de ofertar à comunidade literária, a ela &,
principalmente a Mim. As releituras críticas, evidentemente, não poderiam
deixar de espelhar novas visões possíveis por novos ângulos iluminados por
novas luzes de outros tempos, porém, foram em sua maioria honestas, mesmo
quando não especialmente favoráveis. Mas justamente a tal de Norma, com sua
burguesinha bunda cor de rosa, que nunca teve de enfrentar qualquer barra na
vida, tinha de, mesmo sem qualquer restrição à qualidade dos textos, cometer a maneirista frase de efeito babaca: “Não se entende porque tanto estardalhaço,
pois não se identifica claramente na escrita sadomasoquista de Spiritus
Fornicator, ao tratar a mulher como mero depósito de esperma & urina, entre
outras secreções, qualquer real denúncia das contradições do capitalismo”?
Dizem que a idade
traz o juízo. Não no Meu caso. Nem os anos são capazes de Me impor aquilo que
repudio.
Depois de duas
taças de vinho, mais um tanto de água, aliados aos insondáveis mistérios do
organismo feminino, nada estranhável que ela enderece aos circunstantes aquele
sorriso semgracista, pronuncie um “Com
licença”, como se necessitasse, com polidez hipócrita, dar ciência ao
universo que pretende esvaziar o líquido
de sua bexiga. Norma rebolando estudadamente seu traseiro classe mérdia
endinheirada dirige-se triunfante ao banheiro para uma protocolar mijada. Nem
imagina que a sigo com uma surpresa inesquecível.
Deus não desampara
os perversos: senão, quem produziria pecados para que ele os abominasse?
Banheiro deserto, Norma
tranca-se no reservado.
Conto mentalmente
os segundos necessários para que ela desça o fecho do trapo colorido com
etiqueta consumista que lojas de New York vendem a deslumbrados terceiro-mundistas
enricados, abaixe as calcinhas de premeditado erotismo otário, sente-se no vaso
sanitário e...
No tranco de ombro,
a porta abre fácil como uma beata com tesão.
A bofetada imediata
não permite que o susto se complete. A mão na boca silencia o medo instantâneo.
O seio esmagado por Minha mão entende a mensagem: a dor vai traduzir os
momentos que agora vierem.
— Abra as pernas,
já! Atreva-se a mijar uma gota sequer desse mijo que tem aí dentro dessas
tripas sem Minha ordem & promovo um show de porradas nessa carinha de
barbie de camelô que nem aquele teu maridinho de encomenda com visual de
cafetão de catálogo vai conseguir te olhar sem vomitar. Imagine então, vadia, o
que acontece se gritar quando Eu tirar a mão de sua boca?!
Funcionou com ela
como com todas: aqueles lindos olhos em contato direto com a maldade dos meus,
impossível de se desviarem, presos pelo medo & pelo fascínio da violência,
num hipnotismo em plena consciência.
Abri a calça &
coloquei meu pau começando a endurecer a milímetros de sua boca.
— Dizem que vontade
de urinar é contagiosa como bocejo. Acredito que tenho uma boa dose de mijo de
macho com urgência de não controlar por muito tempo pronta para ser esguichada.
Melhor então abrir essa boquinha deliciosa & tratar de beber cada gota,
pois para Mim é indiferente te molhar dos pés à cabeça & te jogar toda
mijada bem no meio desse salão cheio de pessoas de bom gosto.
— Você é um louco nojento!
— Não, patricinha,
sou apenas o seu mais degenerado pesadelo de vadiazinha de boa reputação vindo
te assombrar na tua realidade acordada. Acha que alguém vai acreditar que um
escritor afamado, praticante experiente de sadomasoquismo, com uma fila de
fêmeas implorando para serem usadas por ele atacou & tomou à força uma
putinha sem sal como você, num dos templos da cultura do país, bem em frente
aos mais empinados narizes burgueses da nação? Se quiser tentar o escândalo...
além de não ter nada a perder ou temer, provavelmente vou ter uma publicidade
extra que vai ser ótima para a vendagem de Meus livros.
A crueldade cínica
era inquestionável: estava aprisionada na armadilha & sabia não poder nem
mesmo se debater.
— Minha mãe te fez
Giácomo & ela vai te destruir quando souber disso.
— Giácomo foi feito
pelo homem & pela mulher. Spiritus Fornicatur foi cagado no mundo pelo
demônio que ficou tão fascinado pela merda que fez que esqueceu de inventar a
fórmula para Me destruir. Abra a boca & beba!
A repugnância
inicial era genuína, como mulher, jamais havia experimentado tal extravagância;
no entanto, mesmo com alguma imperícia conseguia engolir com regularidade o
jato quente & espumante; tão logo um tanto se armazenava em sua boca, um
gole generoso descia por sua garganta. Sem que se apercebesse, Meus
experimentados sentidos logo identificaram, seu sua mente foi se adequando à
rotina & seu corpo antes rígido pelo medo & pelo asco começou a
arredondar-se em sutis contorções de... prazer... sim, de prazer.
— Nem pense em
querer aliviar tuas necessidades. O teu mijo, continue segurando nos porões da
boceta.
Barulho. Duas
barangas entram no banheiro falando bobagens pelos cotovelos. Com a rapidez do
instinto, agarro-a pelos cabelos & enterro meu caralho inteiro em sua boca.
O punho fechado ameaçando murro faz seus olhos brilharem arregalados de pavor.
Medo de apanhar? Medo de sermos descobertos?
Ameacei baixinho em
seu ouvido
— Atreva-se a
engasgar & essas duas mocreias vão te ver sair daqui debaixo de porrada com
as calcinhas nos joelhos, toda mijada & sendo chutada até engolir de volta
tudo o que vomitou.
Devorar caralhos não
devia ser novidade para ela. Com habilidade de profissional, agasalhou sem
esforço maior meu pau em sua boca & mesmo com o engrossamento inevitável, Norma
chupava de uma maneira que permitia que Eu quase continuasse a mijar quase que
diretamente em seu estômago.
As duas mulheres
demoraram uma eternidade, falando besteiras sem parar. Meu estoque de mijo foi
inteiramente derramado nas entranhas de Norma sem qualquer perda & agora
meu pinto apenas descansava acomodado no calor úmido de sua saliva. Senti suas
mãos apertarem Minhas nádegas: a ordinária forçava para que Eu entrasse mais
& mais em sua boca. Como Eu sempre digo: depois de competentemente
detonado, o limite do tesão de uma mulher é ter mais & mais tesão sem
limites.
As velhas
finalmente saíram & percebi que Norma estava quase sufocada. Arranquei com
determinação a rola de sua boca & apliquei-lhe nova bofetada, deliciado com
o ruído de sua face estapeada. Com as costas da mão limpou um tanto de baba
que, não conseguia evitar, escorria pelo canto de seu lábio espancado.
— Por Deus,
Giácomo, vou me submeter ao que quiser fazer comigo, mas não aguento mais:
preciso urinar.
— Cadelas mijam,
vagabunda! E ainda falta o segundo ato. Esqueceu-se que Spiritus Fornicatur faz
de toda mulher um depósito de urina & esperma?
— Por favor, estou
menstruada.
— Como se isso
fizesse alguma diferença em algum momento. Mas não se preocupe, o lugar onde
vou depositar Minha porra só verte sangue quando uma preguinha mais teimosa
demora a se arreganhar.
— Não isso não!
O medo era
autêntico: ou nunca havia sido enrabada, ou tivera alguma experiência
desagradável ao dar o cu. Seu temor em desamparo era o combustível que faltava
para abrir de vez o apetite canibal de Meu sadismo.
Com assassina
habilidade de açougueiro colei-a contra os azulejos, com destreza de putanheiro
separei suas nádegas & com a certeza do cego que encontra o caminho até de
olhos fechados acomodei a cabeça de meu pau em seu buraquinho nervoso que, num
descuido natural, acomodou-se por um instante. Fatal. Numa arremetida decidida,
fiz todos os milímetros de carne de Meu caralho invadirem sem piedade aquele
cuzinho hesitante.
Distração
imperdoável: o grito que a porca soltou poderia ter ser ouvido até num asilo de
surdos. Minutos tensos enquanto ela grunhia na palma de Minha mão. Nada.
Ninguém. Animais, respirávamos em espasmos.
Seu ânus se
contraía defensivo, para logo em seguida alargar-se pelo esforço inútil. Eu ia
& vinha, mentalmente berrando um rock selvagem. Suas lágrimas escorriam quentes pela pele de Minha
mão, seu cu era fervura incandescente, maravilha anal quase como que punhetando
Meu pau. Logo era um dilatado buraco de carne umedecendo meu caralho com a
estranheza de uma liquidez pegajosa. Meus dedos se intrometiam em sua boceta,
vinham emporcalhados de sangue & eram imediatamente sugados até a limpeza
por uma língua agora depravadamente faminta. Norma não mais resistia, superara
a entrega conformada. Sua bunda arrombada agora vinha decidida de encontro ao
meu corpo eletrificando meu pau a cada estocada dolorida.
Pode ser que um
raio não caia duas vezes no mesmo lugar, mas se não ouviram o grito dela, por
que escutariam Meu urro de gozo?
Imagens literárias
são sempre exageros hiperbólicos, mas a quantidade de porra que Eu estava
vomitando no interior daquelas carnes parecia não querer acabar. O rock virou
um blues dolente & depois uma balada sacana. As respirações de aquietaram
na normalidade do pós foda. Ela foi se ajoelhando; me olhava implorando por uma
pausa à sua exaustão.
Então, talvez a
mais temida das que ainda faltassem em seu repertório de expressões de pavor: Norma
cobriu seu rosto com uma deslumbrante máscara de pânico, que poucos dominadores
conseguem vestir na face de uma cadela submetida, ao encarar Meu pau
endurecido, sacado de seu rabo, não exatamente imaculado.
— O
que esperava de diferente que saísse de seu cu de menina rica? Essa é uma das
contradições do capitalismo que sempre denunciei em meus textos & você não
soube, ou não teve coragem de ler.
Seu átomo de
hesitação não teve tempo de defesa. Agarrei-a pelos cabelos, enfiei em sua boca
até quase obrigá-la a engolir Minhas bolas. Manipulava sua cabeça com a
selvageria de um alucinado, obrigando-a a ir & vir sem parar até... até
que, voluntariamente, Norma continuou sua tarefa até deixar Minha rola limpa,
brilhante em saliva, como se pronta para uma punheta após confissão de primeira
comunhão.
Enquanto ajeitava
Minhas roupas ela se recompunha bonequinha de luxo como podia nas
circunstâncias.
— E pensar que o
grande Spiritus Fornicatur iria revelar-se, na penúltima gargalhada de vida,
como um mero estuprador.
— Já para Mim não
foi surpresa que a “Miss Cocô de Ouro”, apesar da hipocrisia de conveniência,
se revelasse na foda uma puta devassa como qualquer fêmea devidamente
estimulada.
— Não confunda as
reações animais de meu corpo, com meus desejos, Giácomo. Preferi não encarar o
escândalo, mas vou contar tudo à minha mãe & então você estará acabado.
— Então, não vamos
deixá-la esperando.
Tirei o cinto,
lacei seu pescoço & a fui conduzindo como uma cadela bípede. O corredor dos
banheiros deserto. A porta de emergência logo ao lado. As escadas até a garagem
sem ninguém.
Não foi difícil
localizar o quase exclusivo automóvel esporte importado com que ela deslizava
impertinente pelo asfalto sujo da cidade. Atirei-a com violência contra a
lataria brilhante da tolice supérflua sobre rodas.
— Você é exatamente
como seu carro, Norma: linda, potente, cara, porém, sem estilo. Você acredita
que o dinheiro compra tudo, mas o dinheiro compra apenas aquilo que tem preço
& que esteja à venda. E você é uma mentira sem preço que ninguém quer
comprar. Na qual nem mesmo você acredita, mas que insiste em querer vender ao
mundo.
Ódio puríssimo no
sangue dos olhos, o cinto enrolado no pescoço, retrato acabado da cadela
enraivecida pronta a atacar, quando...
— Apenas um
escritor com tanto talento como você saberia definir a mediocridade
personificada nesse fantoche de duas pernas que é o meu fracasso de filha.
Sylvia tinha uma
expressão de desalento, embora gratificada, quando saiu detrás das sombras do
carrão esporte.
Ao ver a mãe
encarando-a com censura, Norma não mais conseguiu se segurar. Atirada ali no
chão, desânimo patético, o fino tecido azul encharcando-se em sua própria
urina, como se o vão de suas coxas vertesse doído & lento pranto de mater
dolorosa, parecia um tinteiro quebrado pela tristeza.
Tirei o bloco do
bolso, rabisquei alguma coisa & entreguei a Norma que leu em voz alta.
— A
grande contradição do capitalismo é a mesma dos porcos, que são repulsivos,
engordam na imundície, porém, produzem uma carne deliciosa.
— Engula! – Eu
disse – de agora em diante você vai implorar para que Eu não deixe apagar o
fogo do inferno de maravilhas com que acabo de incendiar sua alma por boceta
& cu & Eu vou mastigar com perversidade cada momento de sofrimento
dessas suas carnes de leitoa burguesinha até tê-la transformado numa verdadeira
fêmea de uso.
Lentamente, com
puxões decididos, Norma foi rasgando o vestido, arrancou sutiã & calcinha
& pôs-se numa para a luminária florescente com defeito que gaguejava
luminosidade para o eco do cimento da garagem.
Sylvia retomou a
altivez que o mundo tão bem conhecia.
— Você está tendo, Norma,
a chance que só Me apareceu um tanto mais tarde na vida. Não se preocupe com o
idiota de seu marido; ele tenta Me comer desde quando começaram a namorar;
hoje, quando eu abrir as pernas para ele, em sua vaidade imbecil, pensará que,
finalmente conseguiu. Não se preocupe, ele não saberá o que também seu pai
jamais soube enquanto esteve vivo.
Entramos no carro, Norma,
linda com o cinto enrolado no pescoço, deu
partida no motor.
— Que seja, então,
na cama de meu marido.
Quando nos afastávamos
lentamente, olhei para o vidro traseiro: Sylvia, sorrindo vitoriosa, levantava
o vestido & exibia a boceta que há tantos anos vem franqueando como
playground para o Meu sadismo.
A cidade, tremendo
no frio da noite desse 16 de junho, assistia o carro esporte importado deslizar
quase levitando pelo asfalto de suas ruas, sem poder adivinhar que, por trás
dos vidros escurecidos, era pilotado por uma mulher recém nascida de vinte
& três anos, maravilhosamente nua, fedendo a mijo & a suco de boceta.
quinta-feira, 17 de julho de 2014
sexta-feira, 7 de março de 2014
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